segunda-feira, 15 de novembro de 2010

in the end the love you take is equal to the love you make


Faz mais de uma semana que meu fanatismo pelo Paul se transformou em um louco amor desenfreado, numa necessidade vital. Só consigo ouvir Paul McCartney, ver Paul McCarteney, falar de Paul McCartney, ler matérias sobre Paul McCarteney, navegar só a procura de Paul McCarteney, ou seja, estou vivendo, respirando Paul McCartney.
Em meio a tamanha obsessão acabei encontrando um texto muito interessante de uma fã do Paul, falando do quanto a vida dela mudou pós-show. Achei o trecho final o mais interessante: “ É como se a sensação que vivi ali, contigo, fosse tão majestosa que não se pudesse mais alcançá-la. Então estive pensando que um espetáculo desses é coisa pro fim da vida. É como gran finale: quando a pessoa pensa que já viu tudo, vem você, pra surpreender. Do contrário, a gente fica assim, imaginando que nada mais pode acontecer de tão magnífico daqui pra frente.”
Ela conseguiu traduzir em palavras exatamente o que todos nos estamos sentindo. É esse trecho que explica os nossos olhos parados lembrando do que aconteceu, nossos risos sem sentido, muitas vezes sozinhos, nossas caras de felicidade, aquela sensação de que tudo está flutuando. Parece louco, mas é a mais pura verdade, nossas vidas realmente mudaram pós Paul Mccartney. Ninguém mais conseguirá ser o mesmo depois disso.
Me perdoem as beatas, mas, para nós, foi como se tivessemos visto Jesus Cristo fazer um milagre, como se daqui pra frente tudo zerasse e começassemos a contar os dias, meses, anos, como a.P (antes do paul) e d.P (depois do paul).
Lembro que mês passado quando estavam resgatando os mineiros no Chile, durante a transmissão um repórter ou um psicólogo, não lembro exatamente, comentou que aqueles mineiros seriam uma família para sempre, pois diante de fortes emoções sempre criamos laços eternos com aqueles que passaram por isso conosco. E agora sei que isso é verdade, porque as pessoas que passaram por essa experiência junto a mim, alguns amigos, uns já conhecidos e o outros até então desconhecidos, estão hoje entre as pessoas mais especiais da minha vida e vou querer levá-las sempre comigo. Afinal, acima de qualquer coisa, criamos uma verdadeira família!
Tá difícil voltar pra realidade. Minha vida parou naquele momento e tudo que venho planejando a mais de uma semana é a próxima oportunidade de viver isso novamente. Na verdade, minha vida nunca mais será a mesma, não tem como voltar a viver como vivia antes do dia 4 de novembro. Hoje minha vida tem um sentido, hoje eu vivo por uma razão, por um objetivo. Agora tenho a certeza que tudo que acreditei, tudo que quis ser, que me influenciou valeu a pena. Tenho a felicidade de volta comigo. E talvez comece a entender que não sou mais “a lonely girl who's in the middle of something that I don't really understand”.
Se tivesse a oportunidade de dizer ou escrever algo para o Paul não ocuparia mais de uma linha:
Obrigada Paul, por resgatar em mim a vontade de viver.
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